15-03-2025
Política

João Lourenço defende sanções severas para promotores de conflitos em África
O presidente da União Africana (UA) e chefe de Estado angolano, João Lourenço, defendeu hoje, em Adis Abeba, a aplicação de sanções rigorosas contra aqueles que fomentam conflitos no continente. Para o líder angolano, a paz em África depende de medidas concretas que desencorajem práticas desestabilizadoras.
Durante a cerimónia de passagem de pastas dos novos membros da Comissão da UA, Lourenço criticou a postura branda da organização face a crises internas africanas. Segundo ele, enquanto a União Europeia e o Conselho de Segurança das Nações Unidas actuam com mais firmeza, a UA tem sido pouco exigente na gestão dos conflitos no continente.
O chefe de Estado alertou para a evolução preocupante de crises como as da República Democrática do Congo (RDCongo) e do Sudão. Em relação à RDCongo, reafirmou que Angola não permitirá a "balcanização" da região nem tentativas de mudança de poder pela via militar. Para ajudar na resolução do conflito, Luanda acolherá, no dia 18, negociações directas entre o governo congolês e os rebeldes do M23.
No que toca ao Sudão, Lourenço comprometeu-se a trabalhar em estreita colaboração com o Presidente ugandês, Yoweri Museveni, para eliminar interferências externas que dificultam o cessar-fogo.
Além das sanções, João Lourenço propôs a realização de uma conferência exclusiva para debater os conflitos africanos, enfatizando que a paz deve ser encarada como uma prioridade inegociável para o continente.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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