O Presidente da República deu luz verde a um ajuste directo de 51 milhões de dólares para a compra de equipamentos e mobiliário destinados ao Complexo Hospitalar General Pedro Maria Tonha “Pedalé”, em Luanda. A medida surge após vários anos de atrasos, numa obra cuja conclusão estava prevista para 2021.

O projecto, inicialmente sob a Casa de Segurança do Presidente, passou para o Ministério da Saúde em Julho de 2020. A nota oficial sublinha que a unidade será um hospital de referência, com tecnologia avançada para diagnóstico e tratamento de doenças complexas, integrado na rede pública.

Avaliada em 128,1 milhões USD no decreto de Janeiro de 2019, a construção inclui centro de treinos, heliporto, edifício de apartamentos, hotel, farmácia e centro de hemodiálise. O bloco principal, com três pisos e 29.062 m², contará com cinco salas de operações — incluindo uma para cirurgia robótica —, unidades de cuidados intensivos e intermédios, 111 camas e áreas de internamento diferenciadas.

A aprovação do estatuto orgânico, em Dezembro de 2019, levantou críticas ao prever atendimento prioritário para o Presidente e altos dirigentes. João Lourenço negou que a unidade fosse exclusiva, reforçando o compromisso com o acesso público.

A adjudicação foi feita por procedimento simplificado, sem concurso público, argumentando-se a urgência em aumentar a capacidade do sistema nacional de saúde.

Soque Soque | Redactor

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