05-04-2025
Economia

Angola necessita investir 7 mil milhões USD em infra-estruturas para transporte de gás
Angola prepara-se para investir pesadamente no sector do gás natural nos próximos anos. O Governo aprovou recentemente o Plano Director do Gás Natural, que prevê um investimento estatal de 7 mil milhões de dólares em infra-estruturas de transporte deste recurso energético.
O documento, publicado em Diário da República no passado mês de Março, estabelece um calendário dividido em três fases distintas. A primeira etapa, com conclusão prevista para final de 2025, concentra-se na criação do enquadramento legal necessário e no arranque da produção em campos como Quiluma e Maboqueiro.
Actualmente, a produção de gás em Angola limita-se ao gás associado à extracção petrolífera. O primeiro projecto dedicado à exploração de gás não associado está previsto para 2026, sob liderança de um consórcio que inclui a Azule Energy. Este marco representará um passo importante na diversificação da matriz energética nacional.
Os números apresentados no plano são ambiciosos. As estimativas apontam para um potencial total de 94,97 biliões de pés cúbicos de gás natural no território angolano. Contudo, especialistas alertam que apenas cerca de 40% deste volume corresponde a reservas confirmadas, sendo o restante considerado prospectivo e sujeito a confirmação.
A capacidade operacional da actual fábrica da Angola LNG tem sido objecto de análise. Em 2024, as instalações trabalharam a 61% da sua capacidade total, embora os primeiros meses de 2025 tenham registado uma melhoria significativa neste indicador. Este desempenho levou já a discussões sobre a eventual construção de uma segunda unidade de processamento.
As autoridades angolanas encaram o gás natural como um pilar fundamental para a diversificação económica do país nas próximas décadas. O desenvolvimento deste sector poderá trazer novas oportunidades de investimento e criação de emprego, além de contribuir para a segurança energética nacional.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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