22-02-2025
Economia

Angola pretende ser referência da economia verde em África
A secretária de Estado para o Comércio e Serviços exortou, ontem, em Luanda, as empresas nacionais e estrangeiras sediadas em Angola a integrar a sustentabilidade nas suas estratégias de modo a posicionar o país como uma referência da economia verde no continente africano.
Augusta Fortes discursava na abertura do 1º Fórum Nacional de Negócios Sustentáveis, subordinado ao tema "Sustentabilidade, o Coração da Nova Economia", realizado numa das unidades hoteleiras da capital.
O evento ficou marcado pela participação do especialista em Gestão de Projectos pela Universidade Católica de Minas Gerais e em Sustentabilidade pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) Felipe Moraes Borges.
Após a Aula Magna ministrada por Felipe Borges para uma plateia de cerca de 500 profissionais ligados ao comércio e ambiente, no certame, foram passados em revista subtemas como "Políticas e Regulamentos Existentes", "Financiamentos Verdes e Investimentos Sustentáveis", "O Futuro dos Negócios Sustentáveis", entre outras apresentações.
O evento, referiu a secretária de Estado, representa um passo fundamental em direcção a um futuro mais sustentável e ambientalmente consciente para Angola, pelo facto de congregar membros do Executivo, sociedade civil, líderes empresariais, empreendedores e especialistas em diversas matérias para esgrimir "acções tendentes a inovar, no sentido de moldar uma Angola mais sustentável para as gerações vindouras".
À medida que prosseguimos com o desenvolvimento de Angola, avançou Augusta Fortes, deve haver plena consciência dos desafios económicos, sociais e ambientais que se colocam, pois, em seu entender, "só conseguiremos ultrapassá-los caso estejamos comprometidos com a causa", uma vez que, reforçou, fenómenos como "as mudanças climáticas, desflorestação, poluição, gestão insustentável dos recursos representam ameaças à estabilidade económica do planeta".
Augusta Fortes reconhece que os mesmos desafios também reflectem "imensas oportunidades", inerentes à inovação verde, criação de empregos e crescimento económico sustentável, aliado ao facto de Angola ostentar "uma biodiversidade rica, vastos recursos naturais e uma força de trabalho jovem e dinâmica", à semelhança dos promotores do evento.
"Se aproveitarmos estes recursos com sabedoria, espírito de compromisso, colaboração e políticas visionárias que incentivam as empresas, podemos facilmente nos posicionar como uma referência da economia verde em África e quiçá no mundo", augurou a secretária de Estado.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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