Angola alcançou um crescimento de 5,5% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano, o maior desde o primeiro trimestre de 2015. O desempenho reflete o impacto positivo das medidas de estímulo económico implementadas pelo Governo, com destaque para o dinamismo do sector produtivo.
Os dados foram apresentados ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado do Planeamento, Luís Epalanga, após uma reunião entre a equipa económica do Executivo e o Grupo Técnico Empresarial, sob orientação do ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
De acordo com Luís Epalanga, o sector não petrolífero cresceu 6,3%, enquanto o sector petrolífero, incluindo o gás, registou um aumento de 3%. Este desempenho confirma a trajetória de recuperação económica iniciada no terceiro trimestre de 2023.
“Estes números só encontram paralelo no primeiro trimestre de 2015, quando o PIB cresceu 13,5%. Desde então, enfrentámos um período de recessão, e o crescimento mais expressivo ocorreu em 2022, com 3,01%”, destacou Epalanga.
Os sectores produtivos lideraram o crescimento, com a Agricultura a registar um aumento médio de 4,1%, os Diamantes com 36%, as Pescas com 12%, a Indústria com 3% e o Comércio com 4%.
O secretário de Estado sublinhou a necessidade de tornar o crescimento sustentável, reforçando que o desempenho é resultado da Agenda Económica 2024.
Além disso, a inflação anual reduziu de 2,6% para 1,6% entre Abril e Novembro de 2024, e a criação de postos de trabalho cresceu 2,6%, com 19 mil novos empregos gerados até ao terceiro trimestre.
O sector petrolífero também apresentou recuperação, com crescimento estimado de 3% este ano, após anos de quedas médias de 2% a 2,6%.
“Estamos a observar uma recuperação consistente do sector produtivo, o que reflete no crescimento do PIB e na dinamização da economia angolana”, concluiu Epalanga.
Francisco Soque | Redactor
