17-05-2025
Economia

Angola vai poupar USD 30 milhões por ano com central solar na Huíla
A Central Fotovoltaica Quilemba Solar, actualmente em construção no Lubango, província da Huíla, deverá permitir a Angola poupar cerca de 30 milhões de dólares por ano em custos com combustíveis, graças à produção de energia limpa. A fase inicial do projecto, com capacidade de 35 Megawatts (MW), deverá entrar em funcionamento em Abril de 2026, prevendo-se atingir os 80 MW numa segunda fase.
O projecto, implantado numa área de 80 hectares, é liderado pela TotalEnergies, que detém 51% do capital social, em parceria com a Sonangol (30%) e a Maurel & Prom (19%). A estrutura contará com 65 mil painéis solares, com capacidade para produzir 620 MW cada, cuja energia será injectada na rede nacional, beneficiando directamente mais de 40 mil residências, sobretudo na centralidade da Quilemba e nos bairros Mitcha, Nambambi e Tchituno.
Durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, destacou que o Quilemba Solar simboliza o compromisso do Executivo angolano com a diversificação da matriz energética e a redução das emissões de carbono. Acrescentou que o projecto proporciona novas oportunidades de emprego, promove a transferência de tecnologia e contribui para o desenvolvimento comunitário.
Na óptica do responsável, a iniciativa está alinhada com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), razão pela qual defendeu o avanço imediato para a segunda fase assim que a primeira estiver concluída, bem como a possibilidade de expansão do parque para alcançar um maior número de famílias.
O secretário de Estado para a Energia, Manuel Carlos, referiu que a crescente disponibilidade de electricidade limpa posiciona a Região Sul como um destino estratégico para investimentos privados no sector energético.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, afirmou que a central contribuirá significativamente para a redução das importações de produtos refinados — estimadas em 20 milhões de litros por ano — ao mesmo tempo que assegura geração eléctrica e mitigação ambiental.
O director-geral da TotalEnergies em Angola, Martin Deffontaines, destacou o valor simbólico do projecto no ano em que Angola celebra 50 anos de Independência Nacional. “Estamos muito orgulhosos deste passo que reforça a nossa parceria de longo prazo com Angola e que demonstra a nossa estratégia multi-energética”, declarou.
Apesar do impacto positivo, a central não contará com baterias para armazenamento, pelo que, durante o período nocturno, o fornecimento de energia será garantido por centrais térmicas e pela Barragem Hidroeléctrica da Matala.
A cerimónia de lançamento contou com a presença de representantes do Executivo central e local, incluindo a vice-governadora da Huíla para a Área Política e Social, Maria João Chipalavela.
Se quiser uma versão mais sintética ou com enfoque social, posso adaptar.
Francisco Soque | Redactor
Foto: @ Arimateia Baptista| Edições Novembro
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