06-05-2025
Economia

Crédito à economia cresce 21% e atinge 7,8 biliões de kwanzas
O crédito bruto concedido à economia nacional registou uma subida significativa no mês de Março, alcançando a marca dos 7,8 biliões de kwanzas, segundo o mais recente relatório do Banco Nacional de Angola (BNA).
O aumento é de cerca de 1,4 biliões de kwanzas (21,4%) em comparação ao mesmo período de 2024.
O documento revela que o sector privado foi o principal destinatário deste financiamento, absorvendo 88,4% do total concedido, enquanto o sector público não financeiro representou apenas 11,6%. Em termos de moeda nacional, o stock de crédito atingiu 6,2 biliões de kwanzas, um crescimento de 32,2% em relação ao ano anterior e de 3,7% face a Dezembro de 2024.
O endividamento das empresas privadas não financeiras situou-se em 5,4 biliões de kwanzas, com um acréscimo de 928,3 mil milhões. Já os particulares atingiram 1,5 biliões, um crescimento de 260,6 mil milhões de kwanzas.
No sector público, o crédito totalizou 906,6 mil milhões de kwanzas, sendo que 60,4% foi destinado à administração pública e os restantes 39,6% a empresas públicas. Em relação ao ano anterior, este segmento cresceu 191,9 mil milhões de kwanzas.
Em destaque está também o desempenho do crédito ao sector real da economia, que somou 1,7 biliões de kwanzas — mais 425,8 mil milhões face a Março de 2024. O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelo subsector da indústria extractiva, que recebeu um adicional de 250,6 mil milhões de kwanzas.
Grande parte deste montante (1,3 biliões) foi atribuída ao abrigo do Aviso n.º 10/2024 do BNA, que visa fomentar o financiamento ao sector produtivo. Este volume representa 80,8% do crédito ao sector real e 17,3% de toda a carteira bruta de crédito do sistema bancário.
As indústrias transformadoras lideram na captação destes recursos, com 724,7 mil milhões de kwanzas (43,5% do total). A indústria extractiva segue com 567,5 mil milhões (34,1%), e a Agricultura, Produção Animal, Florestas, Caça e Pesca com 372,2 mil milhões (22,4%).
Os dados confirmam uma tendência crescente de direccionamento do crédito para sectores produtivos, evidenciando o esforço das instituições financeiras em apoiar a diversificação da economia angolana.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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