A energia fotovoltaica tem desempenhado um papel crucial na transformação social e económica de Angola, especialmente em regiões remotas. Para Victor Fontes, presidente da Associação Angolana de Energia Renovável (ASAER), a expansão do sector é essencial para garantir um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável.

Embora o modelo de electrificação do país esteja assente em grandes projectos públicos, Fontes defende que a participação do sector privado pode tornar a distribuição de energia mais eficiente. A implementação de mini-redes solares e sistemas domésticos descentralizados reduziria custos e ampliaria o acesso à electricidade para milhares de famílias.

O responsável destaca que, apesar dos investimentos do Estado, que já ultrapassam os 400 megawatts pico (MWp) instalados em centrais fotovoltaicas, o sector ainda enfrenta desafios estruturais. A falta de um quadro regulador mais atractivo, segurança jurídica e incentivos financeiros adequados dificulta a captação de novos investimentos.

A recente legislação sobre energias renováveis sinaliza uma maior abertura do Governo, mas precisa de ajustes para acelerar os investimentos e criar um ambiente favorável tanto para investidores nacionais como estrangeiros.

A ASAER, cujos corpos gerentes foram eleitos a 10 de Fevereiro para o mandato 2025-2028, já conta com 70 associados regularizados e tem reforçado a advocacia por políticas que incentivem o crescimento sustentável do sector.

Francisco Soque | Redactor

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