20-06-2025
Economia

Governo aplicou 1,45 mil milhões Kz no sector social no final de 2024
O Executivo angolano investiu 1,45 mil milhões de kwanzas no sector social durante o quarto trimestre de 2024, o equivalente a 29% do orçamento destinado à área. O valor só foi superado pelos encargos com a Dívida Pública, segundo a secretária de Estado para o Orçamento, Juciane de Sousa.
Ao apresentar o Relatório de Execução do Orçamento Geral do Estado, a governante afirmou que o sector social absorveu 24% das despesas efectivamente realizadas nesse período, o que mostra, segundo ela, o empenho em melhorar as condições de vida da população.
O investimento abrangeu áreas como Educação, Saúde, Protecção Social e outros serviços essenciais, integrados nos programas estruturantes do Governo.
A economia angolana cresceu 4,45% em 2024, impulsionada pelo sector não petrolífero, que registou um crescimento de 5,41%. Já o sector petrolífero contribuiu com um aumento de 0,8%.
A taxa de inflacção caiu para 1,77% em Dezembro, resultado de uma política monetária mais prudente e do reforço da oferta de bens essenciais.
A dívida pública totalizou 57,09 biliões de kwanzas. Desse montante, 76% correspondem à Dívida Externa e 24% à Dívida Interna. O défice orçamental do trimestre foi de 348,94 mil milhões Kz, coberto por operações de financiamento.
Na área da Saúde, seis novas unidades foram abertas e mais de 2.600 profissionais foram integrados no sistema. Também foram inaugurados oito centros de hemodiálise e 686 profissionais foram capacitados em atendimento humanizado.
Já o programa Kwenda superou a meta, com mais de 1,7 milhão de famílias cadastradas até Dezembro. Nesse período, foram feitos pagamentos a cerca de 83 mil novos beneficiários e 17 mil receberam pagamentos recorrentes.
Na vertente económica, o Governo registou 1.979 produtos na Plataforma de Substituição de Importações, com 406 empresas a aderirem ao selo “Feito em Angola”. As acções visam estimular a diversificação da economia e reduzir a dependência externa.
Durante a apresentação do relatório, deputados elogiaram a estabilidade macroeconómica, mas também criticaram a fraca execução de obras em certas regiões.
Eva da Costa (MPLA) destacou que os números apresentados reflectem políticas públicas em acção. Já Vasco Sangongo (UNITA) denunciou desigualdades regionais, sobretudo no Leste, e criticou o não cumprimento de várias promessas de obras, que “nunca saíram do papel”.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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