14-07-2025
Economia

Juros da dívida africana descem para menos de 10% pela 1.ª vez em 9 anos
As taxas de juro exigidas pelos investidores para transaccionar dívida pública africana caíram para menos de 10 por cento, o valor mais baixo desde 2015. A quebra acontece após Moçambique ter reduzido o seu risco financeiro para níveis abaixo dos 1.000 pontos-base, afastando-se da linha que define uma crise de dívida.
Segundo a Bloomberg, citada pela Lusa, Moçambique foi o último país a conseguir descer o diferencial entre os seus títulos e os do Tesouro dos Estados Unidos, marco que simboliza o regresso a alguma estabilidade financeira no continente.
A década de 2015 ficou marcada por um forte aumento do endividamento em África, impulsionado por empréstimos acessíveis e políticas orçamentais mais expansivas. Esse ciclo culminou nos anos da pandemia de covid-19, quando países como Zâmbia, Gana, Maláui e Etiópia falharam pagamentos da dívida devido à pressão com as despesas em saúde.
Nos últimos anos, porém, o cenário tem vindo a melhorar. Com a ajuda do FMI e outras instituições multilaterais, os níveis de endividamento começaram a estabilizar nos 60 por cento do PIB, a inflação tem descido de forma gradual e países como Zâmbia e Gana já conseguiram reestruturar parte significativa da dívida, reconquistando o acesso aos mercados internacionais.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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