09-05-2025
Banca & Finanças

Recredit supera metas e recupera mais de 31 mil milhões de kwanzas em créditos
A Recredit – Gestão de Activos recuperou, em 2024, um total de 31,19 mil milhões de kwanzas em créditos malparados, ultrapassando em 9 por cento a meta anual estabelecida. O feito foi apresentado esta quarta-feira, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração, Valter Barros, durante a exposição dos resultados do exercício económico do último ano.
Além do êxito na recuperação de crédito, a Recredit registou um resultado líquido de 48,52 mil milhões de kwanzas, reflectindo, segundo o gestor, o desempenho firme da equipa e a estratégia bem-sucedida implementada pela instituição.
No mesmo período, foram investidos 288,87 mil milhões de kwanzas na aquisição da carteira de crédito malparado do Banco de Poupança e Crédito (BPC), valor que representa 38 por cento do investimento global já efectuado pela Recredit. A carteira acumulada adquirida ao BPC ascende agora a 108,35 mil milhões de kwanzas.
Sander Coelho, administrador executivo da empresa, adiantou que actualmente estão em negociação créditos no valor de 136,41 mil milhões de kwanzas, o que corresponde a 47 por cento da carteira total. Do montante recuperado por via negocial e contenciosa, a instituição arrecadou 88,51 mil milhões de kwanzas – o equivalente a 31 por cento das cobranças realizadas.
Parte desse valor resultou de acordos firmados, com destaque para os 52,75 mil milhões de kwanzas recuperados por via amigável, e 7,49 mil milhões provenientes de processos liquidados. Já os créditos em que não foi possível dar continuidade à cobrança somam 3,02 mil milhões de kwanzas.
No domínio judicial, 139 processos migraram para a via do contencioso, representando 31 por cento do valor total investido. Desses, 47 já foram convertidos em acções judiciais: 43 encontram-se em tribunal e 4 em situação de insolvência.
A administradora Mirian Ferreira revelou que a Recredit tem registado, desde 2020, uma taxa média de crescimento das receitas operacionais de 126 por cento, e um aumento de 2 por cento no activo em comparação com 2023. A liquidez imediata situou-se nos 12 por cento, reflexo de uma estratégia de rentabilização rigorosa dos recursos disponíveis.
Com um rácio de autonomia financeira de cerca de 99 por cento, a empresa mantém a sua actividade praticamente sem depender de capitais alheios, o que reforça a sua posição no sector da recuperação de activos em Angola.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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