As reservas internacionais sob gestão do Banco Nacional de Angola (BNA) caíram 4% entre Dezembro de 2024 e Agosto de 2025, passando de 15.768 milhões USD para 15.145 milhões USD — uma redução de 623 milhões USD, segundo cálculos do Expansão com base na evolução diária dos dados do banco central.

Grande parte desta quebra deve-se aos empréstimos que o BNA fez ao Governo, que este ano podem chegar a 2.000 milhões USD, conforme previsto no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2025. Só entre Janeiro e Julho, o banco central já emprestou cerca de 1.400 milhões USD ao Tesouro.

Mesmo com a queda, o actual nível de reservas é suficiente para cobrir cerca de oito meses de importações de bens e serviços, acima da média de quatro meses registada na SADC. No primeiro semestre, Angola gastou 11.244 milhões USD em importações, o equivalente a 1.874 milhões USD por mês.

O saldo actual é 2.066 milhões USD inferior ao período pré-pandemia, quando as reservas somavam 17.211 milhões USD em 2019. O nível mais baixo foi registado em Janeiro de 2022 (13.350 milhões USD), enquanto o recorde histórico foi alcançado em Setembro de 2013, com 35.188 milhões USD.

As reservas internacionais são compostas por divisas como dólares, euros, ouro e títulos de dívida soberana, e são fundamentais para garantir pagamentos externos, dar estabilidade à economia e manter a confiança dos investidores.

Soque Soque | Redactor

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