A partir desta quarta-feira, 16 de Julho, os trabalhadores da empresa pública de Transporte Colectivo Urbano de Luanda (TCUL) iniciam uma greve por tempo indeterminado, em protesto contra o atraso de dois meses de salários e o não pagamento dos subsídios de férias. A paralisação foi confirmada pela direcção da transportadora, tal como afirma o jornal Expansão.

A greve nacional, que vai afectar todo o território, surge quatro dias depois da manifestação popular contra o recente aumento do preço do gasóleo e das tarifas dos transportes colectivos.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Afins de Luanda (STTRAL), os funcionários reivindicam ainda o aumento dos salários, tendo entregue um caderno reivindicativo à administração da empresa, que continua sem resposta.

Durante a greve, apenas 20% da frota da TCUL vai operar para assegurar os serviços mínimos. Contudo, o STTRAL alerta que a paralisação será progressiva, com tendência para reduzir ainda mais o número de autocarros em circulação, sobretudo em Luanda.

O protesto dos trabalhadores acontece num momento em que o aumento do preço do combustível — de 300 para 400 kwanzas por litro — levou à subida das tarifas dos táxis “azul e branco” para 300 kwanzas e dos autocarros públicos para 200 kwanzas.

Francisco Soque | Redactor

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