As exportações de café angolano renderam mais de 3,5 milhões de dólares em 2023, com um volume de 1 470 toneladas enviadas para mercados da Europa, Ásia e América. O Médio Oriente começa a destacar-se como um novo destino para a produção nacional, segundo o Instituto Nacional do Café (INCA).

O director-geral do INCA, Vasco Gonçalves, revelou ao Jornal de Angola que o café mabuba (com cascas) é adquirido pelos produtores a preços entre 350 mil e 500 mil kwanzas por tonelada, enquanto o café comercial atinge 500 mil kwanzas.

Entre os desafios enfrentados pelo sector, destaca-se a baixa produtividade, em parte devido ao envelhecimento dos produtores. No entanto, as políticas implementadas nos últimos anos têm atraído novos actores, tanto pequenos agricultores como empresas do sector.

O país conta oficialmente com 16 mil produtores registados, dos quais 318 pertencem ao sector empresarial. A produção nacional situa-se actualmente em seis mil toneladas anuais, com exportações para mercados estratégicos como Espanha, Itália, China e outros países asiáticos.

Apesar do crescimento, os números estão muito abaixo dos níveis históricos. No período colonial, Angola chegou a produzir mais de 220 mil toneladas de café por ano, um patamar ainda distante da realidade actual.

Francisco Soque | Redactor

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