Cerca de 20 unidades hoteleiras estão disponíveis para compra ou gestão privada no âmbito do Programa de Privatizações do Governo angolano. A informação foi avançada por José de Lima Massano, ministro de Estado para a Coordenação Económica, durante um jantar com empresários, na presença do Presidente moçambicano, Daniel Chapo, que se encontrava no solo angolano em visita oficial.
A intenção do Executivo é relançar o turismo e, ao mesmo tempo, atrair investimento estrangeiro para dinamizar o sector hoteleiro, actualmente com baixa taxa de ocupação e desafios de sustentabilidade.
Além do turismo, o ministro apresentou outras oportunidades de cooperação e revelou que Angola disponibilizou cerca de dois milhões de hectares de terra para projectos agrícolas de grande escala. Indicou também que estão em curso investimentos em infra-estruturas de suporte ao desenvolvimento económico e social.
Segundo Massano, o Governo está a implementar reformas estruturais para dar maior resiliência à economia, ao mesmo tempo que estimula parcerias regionais com países como Moçambique. “Queremos uma agenda de resultados concretos, com foco em investimentos e cadeias de valor regionais”, afirmou.
Em 2024, Angola registou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,3%, o maior dos últimos dez anos. O sector não petrolífero cresceu 5%, com destaque para a agricultura, que já representa cerca de 22% do PIB, contra 13,7% em 2015.
A indústria transformadora, sobretudo a alimentar e de bebidas, representa 45% do total do sector industrial, enquanto a transformação não mineral ocupa 8% da estrutura do PIB.
José de Lima Massano frisou que o Executivo angolano está igualmente empenhado em internacionalizar empresas nacionais e em acolher com interesse investimentos moçambicanos, reforçando laços históricos e económicos entre os dois países.
Francisco Soque | Redactor
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