As exportações de Portugal para Angola aumentaram cerca de 10% nos primeiros cinco meses de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O dado foi avançado por Luís Ceia, vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), à margem da 40.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), que decorre até domingo em Icolo e Bengo.
“É um sinal evidente da dinâmica das relações comerciais entre os dois países”, afirmou o responsável, destacando também a presença de 15 empresas portuguesas no certame, oriundas dos sectores da metalomecânica, construção, produtos alimentares e outros.
Segundo Luís Ceia, Angola continua a ser “um mercado importante para Portugal, não só pela dimensão e pela língua, mas pela confiança mútua”. O dirigente notou ainda uma tendência positiva de investimento angolano em Portugal.
A participação portuguesa na FILDA repete-se pelo 13.º ano consecutivo. “Temos vindo a apoiar empresas de várias áreas, de norte a sul do país. Algumas começaram connosco e hoje apresentam-se de forma autónoma, com maior solidez e visibilidade”, referiu.
Também presente na feira, o administrador da AICEP, Paulo de Oliveira, destacou o simbolismo da FILDA ao coincidir com os 50 anos da independência de Angola. “Portugal é um parceiro antigo, presente e futuro de Angola. Apesar dos desafios, este continua a ser um mercado atrativo para quem tem visão e resiliência”, afirmou.
Entre as empresas portuguesas representadas estão a Ventisec, ligada à agroindústria e presente em Angola desde 2018, e a Lacto Serra, com quatro anos de actividade no país, que pretende consolidar relações comerciais. A Cacicambra, do setor armeiro, também marca presença, apontando oportunidades no processo de transição das empresas de segurança privada angolanas para armamento de defesa.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
