O euro voltou a recuar no mercado cambial internacional esta quarta-feira, fixando-se abaixo da barreira dos 1,14 dólares norte-americanos, num cenário influenciado por sinais de incerteza económica global e projecções pessimistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Às 17 horas, em Luanda, a moeda única europeia era negociada a 1,1342 dólares, um recuo face à cotação da véspera, que rondava os 1,1433 dólares. Segundo dados divulgados pela agência Lusa, o euro também perdeu força frente à libra esterlina, embora tenha registado uma ligeira valorização em relação ao iene japonês.

O Banco Central Europeu (BCE) fixou, entretanto, a taxa de câmbio de referência do euro em 1,1415 dólares, com a moeda a oscilar entre um mínimo de 1,1333 e um máximo de 1,1440 dólares durante a sessão.

O movimento cambial ocorre no mesmo dia em que o FMI divulgou novas projecções sobre a dívida pública mundial, antecipando um aumento de 2,8 pontos percentuais este ano, com a dívida a aproximar-se de 100% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

O Fundo justifica esta tendência com o clima de incerteza económica crescente, agravado pelas tarifas comerciais aplicadas pelos Estados Unidos e pelos efeitos prolongados da desaceleração económica em várias regiões.

Num contexto em que os mercados procuram sinais de estabilidade, a queda do euro reflete não apenas as dinâmicas cambiais do dia, mas também o receio dos investidores quanto ao futuro imediato da economia mundial.

Francisco Soque | Redactor

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