28-04-2025
Mundo

Ministros africanos apoiam liderança da África do Sul no G20 e Portugal reforça apoio à lusofonia
Os ministros das Finanças africanos reafirmaram o apoio à visão da África do Sul na liderança do G20, num caminho sugerido por Angola e amplamente acolhido. A África do Sul assumiu a presidência rotativa do G20 em Dezembro de 2024, sob o lema "Promover solidariedade, igualdade e desenvolvimento sustentável".
Durante um encontro em Washington DC, à margem das Reuniões de Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), a ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, em representação da presidência angolana da União Africana, reuniu-se com os seus homólogos para alinharem posições sobre as principais preocupações do continente, nomeadamente as elevadas taxas de juro e o peso crescente da dívida externa.
O ministro sul-africano Enoch Godongwana destacou que o seu país pretende trabalhar em coordenação com os restantes Estados africanos, através da constituição de grupos de trabalho que concertem objectivos comuns ao longo da presidência do G20. Godongwana agradeceu a Angola pela iniciativa de congregar os ministros africanos, permitindo a apresentação de uma visão unificada nas instâncias multilaterais.
Entre os principais focos da presidência sul-africana estão o apoio reforçado aos países do Sul Global, a expansão do acesso ao financiamento para o desenvolvimento e a adaptação às mudanças climáticas, conforme reafirmou o Presidente Cyril Ramaphosa.
Em paralelo, Portugal e a Sociedade Financeira Internacional (IFC), braço do Banco Mundial para o sector privado, assinaram em Washington um acordo para a criação do fundo 'Portugal-IFC Partnership in Lusophone Africa', com uma contribuição inicial de 1,5 milhões de euros.
O ministro de Estado e das Finanças de Portugal, Joaquim Miranda Sarmento, sublinhou que a iniciativa visa apoiar projectos de assistência técnica em países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), no âmbito do Compacto Lusófono. Esta plataforma tem como objectivo estimular o investimento privado, promover a inclusão financeira e reduzir o défice de infra-estruturas, com atenção especial a aspectos sociais, ambientais, de género e de boa governação.
O Compacto Lusófono, lançado em 2018, reúne o Banco Africano de Desenvolvimento, Portugal, os PALOP e, desde 2024, o Brasil, numa aposta no crescimento sustentável e diversificado do sector privado africano.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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