O Mercado de Capitais Angolano e a Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (BODIVA) têm apresentado avanços significativos na sua estruturação nos últimos anos. Essa evolução tem sido amplamente reconhecida pelos operadores do sector, incluindo especialistas em análise financeira e investimentos.
A consultora para Análise de Investimentos Mahália Castro, ao abordar o desenvolvimento do sector, destacou que, apesar de ser relativamente jovem em comparação com outras bolsas da região subsaariana, a BODIVA já conquistou marcos relevantes. "Angola tem uma bolsa bem estruturada, que tem diversificado a oferta de produtos financeiros para além dos tradicionais bilhetes e obrigações do tesouro, passando agora para acções", afirmou.
Outro aspecto relevante é a crescente adesão dos angolanos ao mercado financeiro, sobretudo no segmento da bolsa de valores. Segundo Mahália Castro, as recentes ofertas de acções na BODIVA registaram uma procura superior à oferta, demonstrando um aumento do interesse dos cidadãos nacionais em investir nesse mercado. "Já existe uma vontade expressiva por parte dos angolanos em investir no mercado financeiro, o que é um sinal positivo", observou.
A troca de experiências com outros mercados financeiros tem sido um factor determinante para a maturação da BODIVA. Segundo a consultora, há um esforço contínuo para interagir com outras bolsas da região, como a de Cabo Verde, fortalecendo a partilha de conhecimento e melhores práticas.
No âmbito da promoção do mercado de capitais, jornalistas económicos de vários órgãos de comunicação social participaram recentemente numa formação sobre Mercado de Capitais e Bolsa de Valores, promovida pelo Jornal Economia & Finanças em parceria com a Everest-Consultoria, Formação e Mentoria e a Isenta Comunicação. O objectivo foi capacitar os profissionais da comunicação para melhor acompanhar e divulgar as principais evoluções deste segmento.
A especialista reforçou a importância do papel dos jornalistas na disseminação de informações credíveis e na interacção contínua com os operadores económicos do mercado. "Essa partilha de conhecimento permitirá que os jornalistas estejam mais preparados para acompanhar o crescimento do mercado de capitais, contribuindo para a sua expansão e credibilidade", concluiu Mahália Castro.
Francisco Soque | Redactor
Foto: Reprodução rna.ao
