02-04-2025
Cooperação & Negócios

Luanda prepara Cimeira de Negócios Estados Unidos-África
As autoridades angolanas reúnem-se hoje para discutir os preparativos da Cimeira Estados Unidos-África 2025, evento que visa fortalecer a colaboração entre os países envolvidos e definir directrizes para a realização do encontro em Angola.
A responsabilidade da iniciativa cabe à Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX), que organiza o evento num hotel da capital. Mais de 120 personalidades, incluindo membros do Governo, CEO de empresas e representantes de organizações não governamentais, estarão presentes.
A abertura, marcada para as 16 horas, contará com um discurso do ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano. Durante três horas, serão discutidos vários painéis, com foco na maximização das oportunidades de negócios e na atracção de investimentos.
A 17ª Cimeira África-Estados Unidos acontecerá em Luanda de 22 a 24 de Junho, reunindo 1.500 delegados, incluindo presidentes africanos, líderes governamentais, ministros e empresários de ambos os continentes. O evento seguirá o modelo da edição anterior, realizada em Dallas, nos Estados Unidos, em 2024.
Desde 2005, o investimento directo estrangeiro em África tem superado a ajuda pública ao desenvolvimento. No entanto, a participação africana nos fluxos globais de IDE ainda é modesta, passando de 0,7% em 2000 para 4,5% em 2010.
Em 2008, Angola, Nigéria e África do Sul lideravam as trocas comerciais com os Estados Unidos, centradas em combustíveis, minerais, pedras preciosas e metais. Naquele ano, o investimento directo dos EUA em África totalizou 36,6 biliões de dólares, representando apenas 1% dos investimentos externos norte-americanos.
Dados da Câmara de Comércio Americana em Angola (AmCham) indicam que o volume de trocas comerciais entre os dois países caiu drasticamente de 20,9 biliões de dólares, em 2008, para 2,3 biliões, em 2024 – uma redução superior a 90%.
Apesar disso, o ex-embaixador dos EUA em Angola, Tulinabo Mushingi, revelou que 14 empresas americanas manifestaram interesse em investir em diversos sectores da economia angolana em 2023. O Presidente João Lourenço, em entrevista ao The New York Times, reforçou a necessidade de diversificação do investimento norte-americano para além do petróleo e gás.
Francisco Soque | Redactor
Foto: Reprodução JA
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