Entre Janeiro e Junho, o mercado de acções da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) movimentou 2,2 mil milhões de kwanzas, o equivalente a apenas 0,1% do volume total negociado. Actualmente, apenas quatro empresas têm títulos cotados — Banco Angolano de Investimentos (BAI), Caixa Angola (BCGA), ENSA e a própria BODIVA — todas listadas por iniciativa do Estado no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV).

Apesar do peso mínimo, o volume transaccionado disparou 773% face ao mesmo período de 2024, quando apenas o BAI e o BCGA estavam em bolsa. O salto deveu-se à entrada da ENSA e da BODIVA no segundo semestre do ano passado.

O fraco desempenho relativo do mercado accionista explica-se pelo reduzido número de investidores nacionais, pela ausência de grandes fundos estrangeiros e pelo baixo nível de literacia financeira no País — factores que travam a sua expansão.

Mesmo assim, os preços seguem em alta. O BAI liderou os ganhos, com uma valorização de 59% para 89.000 Kz, atingindo 90.000 Kz a 20 de Junho, o valor mais alto já registado na BODIVA. O BCGA subiu 29% para 16.354 Kz, a ENSA avançou 12% para 21.350 Kz, enquanto a BODIVA recuou 2% para 23.000 Kz.

Abaixo do segmento accionista continuam outros instrumentos: as obrigações privadas representam 0,04% das negociações e as unidades de participação de fundos de investimento apenas 0,01%.

Soque Soque | Redactor

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