O petroleiro FPSO Agogo, uma unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga, com capacidade para processar até 120.000 barris de petróleo por dia, encontra-se desde 15 de Maio atracado em águas angolanas. A embarcação integra o Projecto Agogo Integrado Pólo Oeste, liderado pela Azule Energy (operador), em parceria com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Sonangol Exploração e Produção e a Sinopec, no Bloco 15/06.
Segundo os responsáveis, o início das operações está previsto para o segundo semestre de 2025. O petroleiro é considerado peça central na exploração dos campos Agogo e Ndungu — as descobertas mais promissoras do bloco. O campo Agogo, com reservas estimadas em 450 milhões de barris, poderá alcançar um pico de produção de 175.000 barris por dia.
O presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, considerou simbólica a chegada do FPSO ao país, pois representa a consolidação de um projecto iniciado em 2023 com a instalação dos primeiros módulos. Sublinhou, ainda, o envolvimento do conteúdo local, ao destacar que parte da estrutura foi construída em estaleiros angolanos.
Adriano Mongini, director-geral da Azule Energy, afirmou que “o sector energético de Angola prospera com parcerias” e destacou que a entrega antecipada do petroleiro demonstra a capacidade técnica da empresa e a boa colaboração entre os parceiros do projecto.
Construído e operado pela Yinson Production, o petroleiro iniciou viagem no estaleiro Cosco Shipping Heavy Industry, na China, tendo feito escala na Namíbia para reabastecimento e substituição de tripulação, antes de chegar ao território angolano.
Francisco Soque | Redactor
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