A produção de ovos no único aviário do município do Curoca, província do Cunene, sofreu uma redução significativa nos últimos seis meses, passando de 250 para 100 unidades por dia. A queda deve-se à escassez de ração no mercado do Lubango (Huíla) e ao elevado custo da matéria-prima, revelou o proprietário, Osvaldo Candeeiro.
Criado em 2022 com financiamento de 37 milhões de kwanzas do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), o aviário conta com duas naves e capacidade para 1.600 galinhas. No entanto, actualmente opera com apenas 475 aves, o que representa uma redução de 80 por cento da capacidade instalada.
Segundo Osvaldo Candeeiro, a escassez de ração começou a agravar-se em Setembro de 2024. A dificuldade de aquisição no Lubango obrigou-o a procurar alternativas em Benguela, onde existe uma fábrica. No entanto, a longa distância entre Curoca e aquela província aumenta os custos de transporte, reduzindo ainda mais a margem de lucro.
"As aves produzem em função da quantidade de alimentos. Antes, consumiam 50 quilogramas de ração por dia, mas agora esse volume caiu para 25. Com essa redução, as galinhas não ficam saciadas e a produção de ovos diminui drasticamente", explicou o empresário.
Para contornar a situação, Candeeiro tem recorrido à produção local de ração, combinando ingredientes como farelo de soja e milho, na tentativa de estabilizar a produção e atender à crescente procura pelo produto.
A produção do aviário é comercializada essencialmente no próprio município, sendo a empresa Engevia - Engenharia e Construções um dos principais clientes. A empresa, que executa projectos no âmbito do Programa de Combate aos Efeitos da Seca, absorve uma parte significativa dos ovos produzidos na região.
A reestruturação mantém a informação essencial, tornando a narrativa mais fluída e destacando os principais desafios enfrentados pelo empresário.
Francisc Soque | Redactor
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